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Liderança e falência

Dia 08 de Dezembro de 1983 assinei o contrato social. Oficialmente Brasileira. E foi aí, que tudo começou.

Como em qualquer empresa, um país é uma grande instituição, e sua direção estratégica determina o sucesso ou não da sua operação. Como já sabemos, vivemos numa empresa falida e que definitivamente, não entrega o que deveria. Só que diferente de uma empresa comum, não podemos fechar as portas e partir pra uma nova oportunidade. Temos que encarar!

A paralisação das atividades dos caminhoneiros no Brasil, em Maio de 2018, expôs entre tantas questões graves sobre a infraestrutura do país, a já óbvia, ineficiência das nossas lideranças governamentais e é sobre este aspecto que vamos falar aqui.

Num cenário de crise absoluta, e de paralisação de uma das partes fundamentais para operação econômica desta empresa, o Presidente, figura de maior importância dentro da organização, é sim, o primeiro a ser chamado a ação, e neste caso específico, recorreu a tática de pedir trégua e 3 dias pra pensar. Os 3 dias viraram 4,5..6... até que se percebesse o colapso em cadeia do restante de todas as outras operações, mas esta história vocês já conhecem.

O fato é que, salta diante dos nossos olhos, o que a ineficiência de um líder pode fazer, e então, melhor aprender diante do remédio amargo que estamos sendo obrigados a tomar. Vamos lá!

1. Diante de uma crise, deve-se primeiramente considerar os impactos. Assim, pesa-se cada aspecto para tomar uma atitude de curto prazo. No caso da paralisação, que já havia sido sinalizada há tempos, concluímos que, nem precisaríamos chegar ao ponto que chegamos, mas se chegamos, pedir trégua e dias pra pensar com certeza não são alternativas válidas. Seja qualquer o caso, deve-se chamar as partes para entendimento do tema - demonstração de empatia e postura auditiva acalmam os ânimos - , assim, levanta-se as considerações e pede-se um prazo curto para resposta.

2. Não se deve subestimar problemas. Problemas aparentemente irrelevantes podem tomar proporções gigantescas se não tratados com a devida emergência e priorização. No caso, nem tínhamos um problema irrelevante e nem um pequeno problema, visto que, são as rodovias que movem a economia país.

3. Ter autoridade. A imagem de um bom líder é construída com o tempo e normalmente, através de exemplo. Nosso famigerado Presidente já perdeu sua autoridade faz tempo e por tanto, mesmo diante de discursos bem construídos por assessorias, de nada adiantaria. Não se tem nele a figura da verdade. Mas bastava que, se posicionasse interessado no diálogo. Então, mais uma atitude neste caso, seria a de acionar uma liderança neutra e de preferência, imbuída de boa reputação. Difícil pro nosso Presidente, não é mesmo? (rindo pra não chorar). Mas dentro de muitas empresas temos líderes que são simpáticos a todos e identifica-los é fundamental na gestão e negociação dos pontos em uma crise.

4. Planos Estratégicos. Em crises, se deve considerar planos de curto prazo para estancar a sangria. Médios, para não ceder ao que não se tem condições de cumprir e relativizar, e por fim, de longo prazo, ou seja, que não trarão maiores problemas e dificuldades.

Neste caso, há apenas um plano simples e que todo Brasileiro consegue pensar: baixar o imposto porque ninguém deve pagar para trabalhar e pagar a conta da sua própria irresponsabilidade de gestão (não importando os culpados, quem dirige uma empresa assume ônus e bônus, não é mesmo?) começando por seus próprios privilégios.

Tal como uma empresa, quando não se tem o caixa positivo, o que fazem os proprietários e acionistas?!!!

Pra começar, darei um exemplo grosseiro: Senadores, recebem Plano de Saúde Privado, com tudo incluso, pelo resto de suas vidas. Então me diz, em que empresa você trabalha, se desliga e continua recebendo benefícios para sempre? Fazendo estas e outras continhas tão infantis quanto o conhecimento de economia desta comunicóloga aqui, a gente pode dar uma solução para fechar os tantos rombos que nossa empresa / Brasil possui. Ninguém disse que não quer pagar. Só a turma lá de Brasília que não abre mão de suas retiradas monstruosas.

Por aqui, vamos de oração (porque esta não costuma "faiá" rs), trabalho - pagando o que deve ser pago e participando dos sacrifícios pessoais de sermos sócios vitalícios e obrigados, desta empresa decadente, mas que amamos... Brasil!!!

 

Ciane Lopes - Marketing & Negócios

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