Venho falando aqui sobre fazer o que precisa ser feito e que muitas vezes, na maioria inclusive, é o bastante. O suficiente. O que basta. O satisfatório. O que precisa. O que pode ser sustentado e sustentável.
Venho falando do quanto nos esforçamos por criar e reinventar o óbvio, quando o básico precisa ser observado e cuidado.
A tragédia criminosa em Brumadinho escancara a incapacidade que temos de trazer para nossa vida, nossos processos e negócios a sustentabilidade em seu sentido maior.
O core business da Vale é a mineração, é pra isso que foi criada, é sua razão de ser, portanto, é seu dever gerir esta operação com segurança e cuidado com os impactos. Qualquer esforço adicional a esta essência é acessório.
Não é possível negociar com danos irreparáveis. Não é possível sustentar nossa vida, nossos processos, nossas empresas e barragens com visão de curto prazo e com escolhas imediatistas, baratas, medíocres.
Deixo aqui minha solidariedade a Brumadinho, longe de querer comparar esta tragédia com algo menor, dói demais sentir a lama na alma... enquanto também, desperto para as pequenas e grandes barragens de resíduo em mim.